CURIOSIDADES

A origem dos algarismos

 

 

Há mais de mil anos um gênio marroquino concebeu as figuras de 0 a 9 que hoje nós conhecemos como numerais arábicos.

Ele moldou as figuras de tal forma que cada uma continha um apropriado número de ângulos.

O número 1 contém um ângulo; o 2, dois ângulos; o 3, três ângulos; e assim por diante.

O zero, significando nada, não possui ângulo.

 

 

Por que os meses têm esses nomes?


Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro. A maioria dos nomes dados aos meses tem origem no primeiro calendário romano, criado por Rômulo em 753 a.C.

Esse calendário possuía dez meses e começava no mês de março. Foi Numa Pumpílio (700 a.C- 673 a.C.), segundo rei de Roma, quem introduziu mais dois meses ao início do ano e os batizou.

Os meses mais antigos continuaram com seus nomes originais até que, mais tarde, alguns foram trocados para homenagear o imperador César Augusto.


Janeiro - Homenagem ao deus romano Jano, o guardião do Universo e o deus dos inícios, da primeira hora do dia e do primeiro mês do ano.

Fevereiro - Referência ao festival romano Februália, ou purificação, durante o qual se ofereciam sacrifícios aos mortos para apaziguá-los.

Março - Homenagem a Marte, deus da guerra. Durante vários dias, sacerdotes carregavam escudos sagrados em torno de Roma.

Abril - Há duas versões: homenagem a Afrodite, deusa do amor, a quem o mês é consagrado; e originado da palavra latina aperire, referência à abertura das flores, pois

Maio - Homenagem à deusa romana Maia, mãe do deus Mercúrio.

Junho - Homenagem à deusa Juno, protetora das mulheres e da maternidade.

Julho - Homenagem ao general Júlio César. Antes da introdução dos meses janeiro e fevereiro, era chamado de quintillis, por ser o quinto mês.

Agosto - Homenagem ao imperador César Augusto. Chamava-se sextillis, o sexto mês.

Setembro - Do latim septem (sete), o sétimo mês, antes do calendário de Numa Pumpílio.

Outubro - Do latim octo (oito), o oitavo mês.

Novembro - Do latim nove, o nono mês.

Dezembro - Do latim decem, o décimo mês.

 

 

ORIGEM DA PALAVRA "BISSEXTO

O astrônomo Alexandre Cherman, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, explica a origem do termo bissexto:

"Na época em que Júlio César encomendou a reforma do calendário ao astrônomo grego Sosígenes (45 a.C.), os meses eram divididos em três partes: calendas, nonas e idos. O primeiro dia de um mês era chamado "kalendae" (que deu origem ao termo calendário), e os demais eram contados de trás para a frente, num curioso e intrincado sistema. O dia 2 de janeiro, por exemplo, era "antediem IV nonas januarii". Ao decidir incorporar um dia ao mês de fevereiro, Júlio César não criou um novo dia (assim como foi criado o dia 29 de fevereiro), mas preferiu repetir um dia já existente (algo como 28 de fevereiro e 28 de fevereiro novamente). Esse dia repetido, em latim, chamava-se "bis VI antediem calendas martil" ou, simplesmente, "bissextum".

 

 

Nó Górdio

Um nó complexo feito por Górdio, rei de Prígia e pai de Minos.

Górdio era o camponês prigiano que se tornou rei porque com ele se cumpriu um oráculo que prometia a realeza àquele que primeiro penetrasse no templo de Zeus, em Gordium.

Górdio consagrou o carro que havia utilizado para sua consagração à Zeus, colocando-o no templo e amarrando-o com uma corda. O nó era então complexamente entrelaçado que ninguém podia desfazê-lo. Uma promessa surgiu de que aquele que conseguisse desatá-lo reinaria por toda a Ásia.

Muitos tentaram, mas todos fracassaram.

De acordo com a lenda, mesmo Alexandre, o Grande foi incapaz de desatar o nó Górdio; então ele tirou sua espada e cortou-o com um golpe.

A expressão "cortar o nó Górdio" é usado para se referir a uma situação em que um problema difícil é resolvido por uma ação decisivamente rápida.

 

 

CURIOSIDADES ORIENTAIS EM NOSSO IDIOMA


Decassegui: é o nome dado aos brasileiros que vão trabalhar no Japão.
Issei: japonês que emigra para a América.
Nissei: Filho de pais japoneses, nascido na América.
Sansei: Filho de nissei, nascido e criado na América.

 

Bonsai é planta em bandeja. Árvores e arbustos plantados em pequenas bandejas que os mantêm, com podas constantes, num tamanho mínimo. Uma prática milenar na China e no Japão, sendo que neste país há o bonsai mais antigo do mundo, com cerca de 1500 anos. A curiosidade maior é que os frutos dessas árvores minúsculas são de tamanho normal.

 

 

Como surgiram as expressões:

Feito nas coxas
As primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas.
Daí a expressão "feito nas coxas", ou seja, de qualquer jeito.
 


Voto de Minerva
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu.
Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
 


Casa de Mãe Joana
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana.
Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
 


Conto do Vigário
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte:
Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
 


Ficar a ver navios
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei.
Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
 


Não entendo patavinas
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
 


Dourar a pílula
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
 


Sem eira nem beira
Os telhados das casas das famílias de classe média tinham uma pequena marquise para proteção contra a chuva (eira). As mais ricas, além de eira, tinham beira (desenhos arquitetônicos sobre as eiras). Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre.


O canto do cisne
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.
A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

 

À Beça

No Rio imperial, havia um comerciante rico chamado Abessa, que adorava ostentar roupas de luxo. Quando alguém aparecia fazendo o mesmo, dizia-se que ele estava se vestindo à Abessa, ou seja, como o comerciante. Virou sinônimo de abundância, exagero.

Outra versão: a origem dessa expressão, que significa "em grande quantidade", é atribuída à grande profusão de argumentos utilizados pelo jurista sergipano Gumersindo Bessa (1849-1923) ao enfrentar Rui Barbosa em famosa disputa pela independência do território do Acre, que seria incorporado ao Amazonas. Quem primeiro utilizou a expressão foi Rodrigues Alves (1848-1919), presidente do Brasil de 1902 a 1906, admirado da eloqüência de um cidadão ao expor suas idéias: "O senhor tem argumentos à bessa." Com o tempo, o sobrenome famoso perdeu a inicial maiúscula e os dois esses foram substituídos pela letra c com cedilha (ç).

 

Santo do pau oco

A Coroa Portuguesa costumava cobrar imposto altíssimo sobre as pedras preciosas e o ouro. Quem não queria pagar colocava as peças dentro de imagens de santos e assim passava pelas vistorias que havia nas estradas.

 

Para inglês ver

Em 1830, pressionado pela Inglaterra, o Brasil começou a aprovar leis contra o tráfico de escravos. Mas todos sabiam que elas não seriam cumpridas. Falava-se, então, que as leis eram apenas para inglês ver.

 

A vaca foi para o brejo

Quando a seca é mais violenta, os animais começam a procurar os brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.

 

Farinha pouca, meu pirão primeiro

A farinha de mandioca era um dos alimentos que os bandeirantes costumavam levar durante suas viagens pelo interior do Brasil. Quando o estoque de comida estava acabando, o prato principal era peixe com pirão. Nesse momento, o chefe da expedição usava a força do cargo.

 

Hora da onça beber água

O animal costuma fazer isso ao anoitecer, e, segundo a tradição indígena, esse é o melhor momento para abatê-lo.

 

É a ovelha negra da família

A história dessa frase nasceu do milenar trabalho de pastoreio. Em todo o rebanho há um animal de trato difícil, que não acompanha os outros. Cuidando das ovelhas, protegendo-as dos lobos, providenciando-lhes os melhores pastos, o pastor não evita, porém, que uma delas se desgarre. É a "ovelha negra". Por metáfora, a frase passou a ser aplicada nas famílias e em outras comunidades, a filhos ou a afiliados que não têm bom comportamento. Na "Ilíada", de Homero (século IX a. C.) relata o sacrifício de uma ovelha negra como garantia do pacto celebrado entre Páris e Menelau, que resultou na guerra de Tróia. Mas ela não foi punida por mau comportamento. Como muitas ovelhas negras, era inocente.

 

 

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